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domingo, 1 de julho de 2012

Concurso "Seja blogueiro do seu time" do Globo Esporte


Vou aproveitar o Pitaco para divulgar 4 crônicas que escrevi para participar do concurso "Seja Blogueiro do seu time" promovido pelo Globo Esporte na sua página no Portal Globo.com.

São 4 temas: "Momento na história do seu time que te marcou"; "Uma vitória do seu time"; "Uma derrota do seu time" e "Próximo jogo".
Sei que a proposta do Pitaco não é futebol, mas não posto isso pelo futebol. Faço por dois motivos:


1. Resguardar os direitos das minhas crônicas. Uma vez aqui postado, fica datado e documentado a minha autoria;
2. Pegar opiniões sobre meus textos, até mesmo para obter um feedback de quais chances posso ter no concurso....rs


Bom, não vou divulgar esse post, fica aqui para quem já lê o Pitaco com regularidade:

MOMENTO MARCANTE
Crônica referente a Momento Marcante como torcedor do Botafogo.

Saudações aos predadores alfa do futebol carioca.

Me foi pedido para falar de um momento em que o Botafogo me marcou, mas isso é chover no molhado. As coisas que só acontecem ao Botafogo vivem acontecendo ao Botafogo. 

É de conhecimento geral os altos e baixos que acompanham a saga da estrela solitária. Logo quem torce para o fogão, tem resistência cardíaca até para receber a notícia que vai ser pai de quadrigêmeos com contracheque de salário mínimo no final do mês.

Mas apesar do meu discurso sugerir que eu fugiria do clichê, não posso deixar de dizer que o que funcionou mesmo como grande divisor de águas na minha vida futebolística foi o campeonato Brasileiro de 95. 

Com 15 anos de idade eu respirava uma época de grandes decisões e cada uma delas iria compor o adulto que me tornaria até o fim dos meus dias. Dentre namoricos, pensamentos profissionais e demais escolhas difíceis, partilhava o amor ao futebol Botafoguense herdado de meu pai. E tal como lições importantes de caráter e honestidade, ele me ensinou que torcer para o botafogo era uma questão de caráter. 

Mas foi acompanhar aquele elenco imbatível daquele Brasileirão que marcou a minha vida. Túlio Maravilha virando ídolo com sua irreverência e sua capacidade quase que sobrenatural de fazer gols. Gonçalves na zaga era tanta apelação, que não dava jogo nem se o time adversário escalasse 11 atacantes em campo. O que era Sergio Manoel? Alguém viu surgir outro Sérgio Manoel na história do futebol? Ainda estou esperando. E o ápice não podia chegar sem polêmica. Um gol desacreditado (até hoje inclusive) que fez nosso co-irmão praiano recuperar a alegria só com muito tempo e Neymar depois. Botafogo, campeão Brasileiro de 1995!

A coisa ultrapassou o limite de simplesmente vestir a camisa em dia de jogo e responder a pergunta “qual o seu time”. O título de 95 tirou a henna do meu corpo e se consolidou numa tatuagem alvinegra definitiva na minha alma.

De lá pra cá descobri que para freqüentar os jogos do Fogão deveria ser permitido somente com eco cardiograma em dia, pois torcer para o Botafogo não é para qualquer um. Aqui não tem espaço pra maquiagem e salto alto; ficar em segundo lugar não é uma opção, e preferimos mil vezes qualidade do que quantidade. Pra quem não concorda com isso, sobra outras opções de time (principalmente no Rio) pra torcer. 

O Brasileirão de 95 me transformou num botafoguense  seletivo e exigente, além de me ensinar que fazer parte da maioria não é sinônimo de fechar com o certo. A política brasileira está aí pra provar isso. A cadeia alimentar é dominada por uma minoria predadora. Só é preciso um carnívoro para uma manada de gazela. Ser botafoguense, é ser alfa.


DERROTA PARA A PONTE PRETA
Crônica referente ao jogo Botafogo X Ponte Preta dia 24/06

Depois de uma semana marcada pela chuva, o sol veio ao Rio de Janeiro pronto para vibrar com mais uma vitória Botafoguense no Engenhão contra a franquia do Vasco da Gama de SP. Mas juntamente com a torcida, se decepcionou.
Dentro da casa dos 20 minutos do 1º tempo, o time do uniforme riscado saiu na frente com um gol que parece aqueles de pelada. No mais puro estilo sem camisa versus com camisa, uma jogada envolvente e triangulada deixou o atacante deles cara a cara com o Jeferson onde bastou um drible seco para escancarar as traves e empurrar a bola pras redes. Facinho facinho, gol da Ponte Preta e  nervosismo para o Botafogo.

Abraçado a esse nervosismo desnecessário, o Botafogo marcava presença constante na área adversária. Como cão brabo atrás do portão, assustava mas não representava nenhum perigo. Só que aí quando parecia que o bolo ia solar mesmo, numa trama bem trabalhada e um passe de gênio, Andrezinho colocou Marcio Azevedo na reta do empreendimento, pronto pro crime até ser calçado e cair dentro da área. Aí não pode. Penalti para o Botafogo.

Tenho certeza que o compasso cardíaco de cada botafoguense diminuiu naquele momento e todos faziam a mesma pergunta: Será que o Loco vai bater?
Mas Andrezinho, como um cardiologista que pensa no bem do torcedor alvinegro, botou a bola na marca e se posicionou. Depois de suspirar, o torcedor alvinegro viu o óbvio: Bola na rede, gol Botafoguense e partimos pro intervalo sem prejuízo.

A poção de vira vira do Oswaldo não deu certo dessa vez. Bem que gostaríamos de ficar acostumados a ser o time guerreiro, o time da virada, mas não fomos agraciados dessa vez. Com menos de 10 minutos do segundo tempo, mais uma vez o time pequeno fez um golaço de time grande. Num passe cirúrgico (nas costas da defesa) e um chute na veia do pé sem chance para o Jeferson, a Ponte Preta assumiu a frente e assim permaneceu até o apito do juiz.

Abreu ainda deu lugar ao Elkerson que nada fez. Sinceramente, como preparar um cara para uma posição nova se ele mal sabe cumprir sua função de origem. Viu-se o mesmo Botafogo nervoso e impotente que estava atrás do placar no primeiro tempo.

Chamei a Ponte Preta de time pequeno e aí vai minha justificativa: O que torna um time pequeno não é seu futebol, mas sim seu comportamento. A ponte preta mostrou que apesar de fazer dois gols de gente grande, é e vai continuar sendo um time pequeno. Isso porque nas duas vezes que esteve a frente do placar, não perdiam a oportunidade de fazer cera, fingir contusões, forçar entrada de equipe médica e dar passos de tartaruga na hora de sair de campo nas substituições. Como um time grande segura o resultado? Valorizando a posse de bola no ataque e/ou na defesa. Isso sim é estratégia, comportamento e pensamento de time grande.

Teremos agora uma lacuna de 12 dias sem um jogo, tempo mais que suficiente para recuperar os lesionados e trazer reforços urgentes. Ainda há tempo, ainda é início de brasileiro e o Botafogo ainda pode ser campeão brasileiro. Não posso dizer o mesmo de alguns jogadores desse elenco.


VITÓRIA SOBRE O INTERNACIONAL
Crônica referente ao jogo Internacional X Botafogo dia 16/06

Como todo mundo sabe, quem tem Jeferson, já tem seleção suficiente pra dois times. O problema é que pra um clube que até uma gandula sabe o poder de bater um lateral rápido, não pode sofrer o gol que o Botafogo sofreu aos 30 minutos do primeiro tempo. Fellype Gabriel fez falta e enquanto debatia com o juiz (por falar nisso, nunca vi juiz voltar atrás depois de ouvir argumento de jogador), o argentino deles deu uma de malandro carioca e bateu a falta com velocidade, dando tempo do Oscar encontrar a defesa batendo cabeça e fazer um gol estilo Pinball. Cabeça do Leandro Damião, cabeça do Dagoberto, gol.

Mas o intervalo veio e Oswaldo deu sua poção do vira vira para a galera.

No segundo tempo o Botafogo começou com Vitor Júnior, azucrinando a cabeça da macacada. De tanto insistir, ele azeitou uma bola para Andrezinho, que mesmo marcado por quatro não se intimidou ante seu antigo clube e marcou seu primeiro gol alvinegro.

O primeiro gol pelo Botafogo demorou, e deixou o meia com uma fome de bola, e sua antiga casa foi a vítima escolhida. No lance do segundo gol, até a bandeirinha de escanteio tremia na base e tentava impedir o boleiro de bater o escanteio. Após resolver essa pendenga no córner, o melhor jogador da partida mandou na área uma bola venenosa e envenenada, certinho na passada de Fellype Gabriel, que se redimiu da mosca que comeu no primeiro gol colorado e desviou a bola para as redes. Nem três goleiros embaixo do travessão teriam condições de salvar o golaço. 2 X 1 Botafogo.

Imunes ao frio do sul graças ao Fogo no nosso peito, voltamos pra casa com 3 pontinhos na gaveta. Próxima semana seremos visitados pelo time do uniforme quase vascaíno, intitulado de Ponte Preta. Pra cima deles Fogão!



PRÓXIMO JOGO
Crônica que pretende preceder o jogo entre Botafogo e Ponte Preta dia 24 de junho.

Nesse próximo domingo vista sua segunda pele alvinegra e dirija-se ao Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. Os predadores alfa do futebol carioca entrarão em campo para mais um massacre de cores. Depois de mastigar os colorados, agora chegou a vez de uma Ponte Preta.

Com Herrera e Maicosuel dando adeus pela porta da frente, vamos fechar a porta dos fundos e dar mais uma chance ao Sebastian Abreu. Ele pode ser loco, mas não é burro. Vai aproveitar esse retorno para passar uma borracha nas especulações da semana e carimbar logo uns três gols pra pedir Rebolation no fantástico e fazer de conta que chegou ao clube essa semana.Começar do zero.

Mas diferente da época de sua chegada, dessa vez ele conta com Andrézinho. O meia em excelente fase fez seu primeiro gol no jogo anterior e que isso seja uma porteira aberta para muitos mais.

Também poderemos contar com Renato e sua qualidade quase que abusiva, organizando a meiuca defensiva. Também está confirmado nosso goleiro membro da realeza. Falo isso porque antes do nome dele vem aquele milhar de títulos, igual os duques e condes de antigamente:
"Paredão, goleiro da seleção, homem de gelo, craque e freddie krueguer dos atacantes... (meia hora depois)... Jefferson"

As 18:30 te espero lá, rosnando e cantando, mostrando aos irmãos paulistas quem está no topo da cadeia alimentar e em breve da tabela do brasileirão.

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