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sábado, 4 de junho de 2011

Greve da CPTM

Nessa semana a cidade de São Paulo teve na quarta e quinta principalmente dias complicados em virtude da paralização da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), além da paralização de ônibus da região do ABCD (Santo André, São Bernenardo, São Caetano e Diadema), na Grande São Paulo. Nessas horas, o mais comum é assistirmos nos noticiários cenas do mais completo caos urbano, gente pendurada nas portas dos coletivos, cidadãos ligando para seus patrões informando que chegarão atrasados ou que não conseguirão sequer chegar ao trabalho, e números e mais números sobre a quantidade de pessoas prejudicadas pela paralização. Ouvi no rádio que a CPTM ainda teria tentado "sensibilizar" seus funcionários quanto à greve, além de críticas e mais críticas a essa metodologia de reivindicação de melhores condições.
Meu pitaco: eu pessoalmente, sou favorável a TODO e QUALQUER tipo de paralização/greve de qualquer categoria, buscando melhorias de condições de trabalho. O objetivo de qualquer greve não é lesar a sociedade, esse é um efeito colateral inevitável. Mas saibamos que a greve NUNCA é a primeira opção dos trabalhadores, mas costuma sim ser uma maneira de "sensibilizar" o Estado e seus órgãos aos apelos dos trabalhadores. Assim que começa alguma greve, o Estado ou órgão competente se manifesta e propõe algum reajuste próximo daquilo que é pedido pela categoria. Outra coisa, na verdade uma dica às emissoras de televisão e um informe aos leitores de outros estados: se fossem filmar os pontos de ônibus em dias "normais", presenciaríamos as mesmas cenas de superlotação, pessoas avisando seus chefes que chegarão atrasados, etc. As condições com toda a frota operando não é satisfatória, e nos trens de São Paulo, todos os dias, sem exceção, alguma linha apresenta algum problema, o que provoca atrasos e plataformas de embarque lotadas. É muito fácil culpar a greve pelo caos no trânsito, quero ver agora que acabou a greve quem vai pagar o pato. Ou será que a imprensa vai ignorar as condições do transporte coletivo paulista agora que a greve passou?

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