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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pitaco de volta!

Salve Salve. Catando milho e parando de cinco em cinco minutos para descansar as mãos, o pitaco se desenterra desse hiato de dois meses pós-acidente-apocalíptico-fraturático.

Para quem não sabe, um breve relato desse blogueiro macho (impedido por fraturas nos dois pulsos) que não desmunheca.

Ao desviar de um animal na pista em plena praia da reserva, à noite, joguei minha moto para o acostamento, acreditando piamente que nada me impediria de voltar para a pista. Ledo engano. A péssima iluminação concedida pela prefeitura (ponto para o Sr Paes), em conjunto com a ilusão de ótica que uma calçada confeccionada com o mesmo material que o acostamento (mais um ponto para o Sr Paes), sem sinalização, sem pintura significante (outro ponto para Dudinha Paes) me tranquilizou até bater em cheio no meio fio. A moto ficou e eu voei por metros. Num reflexo natural usei as mãos para aparar a queda. Resultado: duas frauras. Uma básica na esquerda e uma plus (exposta) na direita. Só porque não sou canhoto!

Mas cá estou. 30% recuperado, mas o suficiente para dar e fomentar pitacos no nosso blog favorito!

Aproveito essa volta para falar de algo que realmente estou tendo contato nos ultimos meses: Acessibilidade.

Parabenizo os estabelecimentos (felizmente a maioria) que possuem banheiros para deficientes. Mas vai aqui a minha dica: O banheiro deve ser individual. Falo isso porque alguns locais colocam o banheiro de deficiente dentro dos banheiros regulares. No banheiro masculino, um banheiro de deficiente, e no feminino outro. Se quiser separar os sexos, beleza, mas faça isso fora.

Agora vem a justificativa. Imaginem eu, minha esposa, e Lucas recém nascido num mercado. Preciso ir no banheiro. Vou arrastar minha família para o banheiro masculino? Só vai faltar a toalha quadriculada e a cesta pro piquenique. Ou entro no feminino e testemunho segredos universais (porque mulher vai junta no banheiro, porque demoram tanto, etc). Daí um banheiro de deficiente individual. E não falo só de deficientes ou acidentados como eu. Um pai passeando com sua filhinha pequena que não tem idade para ficar desacompanhada. O inverso, uma mãe com um filho pequeno. Vendar os olhos é uma opção, mas o banheiro de deficiente fora ajuda.

Podem me ajudar com exemplos, ou me apontar discordâncias.

Mas o tenso mesmo são as vagas para deficientes. Putz. Como é facil ver um vermelho vociferar barbaridades sobre a corrupção do governo, ou um boleiro apontar as falhas do árbitro no ultimo jogo do seu time mas pegar o carro, ir ao mercado e parar na vaga de idoso cagando pros velhinhos.

Não espere ficar velho para achar que tem moral para falar dos babacas como o da foto desse post. Nem se acidentar ou tornar-se um deficiente para criar consciência. Pare um pouco mais distante, faça um exercício, mas seja cidadão!

Espero o retorno de todos. O Pitaco é de vocês!



4 comentários:

  1. Idoso paga passagem em ônibus? Não!
    Paga garagem em shopping? Sim!
    Porque não criar um misto disso? O idoso chega no shopping, entraga o carro ao manobrista do VIP e na saída paga o valor normal.
    Claro q estou me referindo a shoppins apenas... mas seria uma idéia...

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  2. Eu comecei a me dar conta das dificuldades dos deficientes andarem pelas ruas depois que a Malu nasceu e eu comecei a andar com ela no carrinho. SEMPRE que eu saio com ela, me deparo com muitos obstáculos e fico imaginando: se fosse um cadeirante como ele sairia daquela situação? Carros estacionados em frente a rampas de acesso, buracos, raízes de árvores, calçadas mal conservadas, veículos sobre as calçadas, passagens estreitas demais... e até mesmo a questão dos banheiros, como entrar em um banheiro público com carrinho de criança? Porque em banheiros "normais", nem gordinho está conseguindo mais entrar de tão apertado. As vezes eu tenho que me espremer entre a parede e o vaso sanitário para conseguir abrir a porta e sair. Só mesmo no banheiro de deficientes, se ele não for do lado de fora, como o Lu citou no artigo, imagina o transtorno!
    Existem muitos outros exemplos que merecem serem citados, mas se eu começar, duvido que eu saia da frente desse computador hoje...

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  3. A idéia do nosso leito anônimo é ótima! Podemos até estender para os deficientes. Cria a facilidade que eles merecem e acaba com o "furto" de vagas destinadas a eles que muitos fazem questão de cometer.
    Paulinha. Sei do que está falando. Também tenho dificuldades com o carrinho do Lucas. Muito bem lembrado!

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  4. O que temos para os deficientes atualmente, é devido as leis que criam, mas não analisam essas leis, vemos nas cidades as calçadas quebradas desniveladas e impróprias para os que não são deficientes, imaginam para os que são. Quando elegermos um grupo de deficientes, ai sim teremos melhores leis.

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