Páginas

domingo, 8 de janeiro de 2012

Filosofia da vez!

Essa semana ouvi de não sei quem, não sei aonde uma frase que apesar da origem não ter se fixado na minha mente, ela perdurou até que eu viesse aqui dar o meu pitaco. Eis a frase:

"Se não quer deixar um mundo melhor para nossos filhos, ao menos deixe filhos melhores para o nosso mundo!"

Formidável! Não sei se todo esse aviso da natureza e os esforços dos bons humanos vai nos levar finalmente a um mundo realmente sustentável, por isso, a frase acima ganhou contornos mais urgentes e ao mesmo tempo mais otimistas.

Por isso inauguro a sessão "Filosofia da vez". Como não sei quando essas idéias vão surgir, se serão mensais, anuais, semanais, diárias ou por aí vai, então elas serão "da vez".

Voltando a filosofia do momento, na verdade, ela não sugere nenhuma mudança de cenário. Ao criar filhos melhores para o mundo, eles serão responsáveis por melhorar o mundo que vivem para eles e para as gerações que virão. A primeira parte do meu pitaco sobre essa filosofia vai descambar para uma área já muito explorada aqui,  muito polêmica, mas que agora vou dar um toque de seriedade ao que muitos acham ser mero entretenimento: A música.


Essa capa me causou muitas náuseas e revolta. Ver e ler algo assim me causa tanta indignação quanto notícias de bebês recém nascidos enrolados em sacos plásticos e jogados no rio. Claro que muitos vão torcer o nariz e achar que estou exagerando e fazendo uma comparação inconveniente. Antes de mais nada, não me importo. Como diz o blog de uma amiga minha, você está lendo isso aqui porque quer, ninguém te obrigou. Mas grosserias a parte, quando você diz que esse Paquito da foto traduz os valores da cultura popular, está criando uma geração de crianças ensacoladas boiando mortas no fundo de um rio. 

Quando que a letra de um sujeito na "balada" chegando numa mulher chamando de delícia e divagando sobre as possibilidade de "pegar" ela vai somar valor a cultura popular? Se você deixa seu filho ou filha ouvir isso, você não está deixando filhos melhores para nosso mundo.

Se você ouve ou não se importa de quem você gosta ouvir uma banda (que se diz) de forró cantar que vai pra casa das primas onde o uísque é bom, você está acrescentando o que? Se ao menos falássemos de músicas de arranjos admiráveis, ou instrumentalmente pesadas e bem elaboradas, mas os músicos que compõem tal esgoto são tão admiráveis quanto merda de ácaro.

Ver sua filha no ônibus com o celular tocando no volume máximo aquele funk da "piriguete", dá orgulho de ter passado talco naquela bundinha?

O pior é ter que aguentar aquela pirivelha da Regina Casé usar um programa de audiência nacional para idolatrar e dar contornos positivos a "rebolação" de bunda, às piriguetes piranhas mal vestidas e sem vocabulário, a safadeza (dita por ela mesma) e a todo tipo de música que envolva entonação sexual e promiscuidade. Ela declara em alto e bom tom o quanto admira e o quanto isso é "democrático" e bonito! Eu recomendo amarrar ELA num saco e jogar no rio.

A música que como disse anteriormente para muitos pode ser apenas entretenimento, com certeza vai muito além disso. Você usa roupas que refletem o seu ser. Você come aquilo que te dá prazer. Você lê os livros que compõe sua cultura e conhecimento. E por aí vai.

Logo, você ouve aquilo que reflete seu pensamento. Música é como um mantra. Mesmo que você ouça um idioma que não conheça, seu subconsciente (poliglota) está trabalhando aquilo. E o ritmo (ou instrumental como preferem) vai te levar a compor sua personalidade. Você ouve uma música e pode se sentir o(a) dono(a) do mundo, ou simplesmente querer mexer suas partes glúteas. A decisão é sua!

Mas quando você entende a letra, a situação fica um pouco mais perigosa. Repetir inúmeras vezes para o seu cérebro que "está parado na esquina", pode inconscientemente te colocar numa situação de imobilização total. Você não arruma um emprego ou não cresce no já existente. Você não arruma namorada ou torna seu relacionamento monótono. Seu time fica rodadas e mais rodadas sem sair do lugar na tabela.

O que aconteceu com a geração "Coca-Cola"? Porque um mundo restart colorido e afetado se você tem um U2 bombando e abraçando as causas nobres do mundo? Pra que o forró universitário se você tem uma galera pós graduada com muito mais coisa pra te oferecer (Chico Buarque, O Rappa, Diogo Nogueira, Pearl Jam, Marisa Monte entre tantos)?

Crie o estilo musical do seu filho. Música não é entretenimento, é ideologia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário