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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Trocaria Ivete Sangalo por Max Gonzaga!


Filho de um acordeonista, desde os 15 anos Max Gonzaga adotou o violão como instrumento de composição e interpretação. Desde os anos 1980, tem se apresentado regularmente em shows e casas noturnas da capital e interior de São Paulo.

Em 1985, fundou a banda Albatroz, voltada para o MPB, Jazz e Blues. Em 1995 o Trio Marimbondos. Em 2002 fundou o clube Caiubi de compositores, que se propõe a valorizar a música autoral daqueles compositores que estão fora da grande mídia e do mercado fonográfico. 

Em 2005 lançou seu primeiro CD solo, Marginal; com faixa-título do mesmo nome. O álbum foi um dos selecionados pela Secretaria de Programas e Projetos Culturais do Ministério da Cultura para representar o Programa Cultura Viva na Feira Música Brasil, em Recife (2007).

A música do vídeo acima Classe Média chegou às semifinais do Festival Cultura - A Nova Música do Brasil. Desde agosto de 2006 esse vídeo tornou-se um dos mais vistos no youtube. A música apresenta uma visão crítica e sarcástica da Classe Média Brasileira, tem sido frequentemente citada por alguns dos mais populares sites e comentaristas políticos brasileiros.
fonte Wikipedia

Um cara desses podia sim fazer uma participação especial no Rock'n Rio, concordam? Não é brincadeira nem zoação. Também não falo dele fazer um show de grandes proporções, apenas cantar essa música num daqueles palcos ou intervalo de alguma mega atração. Mas o grande coliseu pão e circo brasileiro não pode promover o raciocínio ou o pensamento em questões politico sociais. Hoje em dia nem o rock'n roll pode. Por isso vamos contrabalancear o rock com Claudia Leite Ivete Sangalo e outras trivialidades rebolativas.

Para quem se interessou pelo cantor e compositor, clique aqui e acesse seu site pessoal.

Abaixo transcrevo a letra de "Classe Média".

Não esqueça de dar o seu pitaco. E de compartilhar se concordar ou se gostar.


Classe Média
Max Gonzaga


Sou classe média
Papagaio de todo telejornal
Eu acredito
Na imparcialidade da revista semanal
Sou classe média
Compro roupa e gasolina no cartão
Odeio "coletivos"
E vou de carro que comprei a prestação
Só pago impostos
Estou sempre no limite do meu cheque especial
Eu viajo pouco, no máximo um pacote cvc tri-anual
Mais eu "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Mas fico indignado com estado quando sou incomodado
Pelo pedinte esfomeado que me estende a mão
O pára-brisa ensaboado
É camelo, biju com bala
E as peripécias do artista malabarista do farol
Mas se o assalto é em moema
O assassinato é no "jardins"
A filha do executivo é estuprada até o fim
Ai a mídia manifesta a sua opinião regressa
De implantar pena de morte, ou reduzir a idade penal
E eu que sou bem informado concordo e faço passeata
Enquanto aumenta a audiência e a tiragem do jornal
Porque eu não "to nem ai"
Se o traficante é quem manda na favela
Eu não "to nem aqui"
Se morre gente ou tem enchente em itaquera
Eu quero é que se exploda a periferia toda
Toda tragédia só me importa quando bate em minha porta
Porque é mais fácil condenar quem já cumpre pena de vida


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